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Cinco anos morando aqui e só agora preparei um guia vegano da minha cidade preferida. Mas antes tarde do que nunca e ter esperado tanto tempo fez com que eu pudesse namorar a cidade longamente e ir descobrindo, aos pouquinhos, os tesouros que ela esconde.

Antes de dividir a lista dos meus lugares preferidos em Jerusalém, preciso avisar que esse é um guia parcial. Eu passei muito mais tempo na parte Oriental (palestina) da cidade do que na parte Ocidental (israelense). Por razões políticas, mas também de gosto. A parte Ocidental é moderna e lembra as grandes cidades americanas (pra mim isso não tem charme nem alma), enquanto Jerusalém Oriental, a parte mais antiga da cidade, é mais exótica, caótica e tem um perfume de mil e uma noites.  E, como disse mais acima, tem a questão política. Porque a ocupação israelense na parte Oriental da cidade (Jerusalém Oriental é ocupada pelos israelenses desde 1967 e isso é um fato reconhecido pela comunidade internacional) dificulta enormemente a vida dos palestinos de lá, prefiro usar o meu dinheiro pra apoiar a economia palestina. Outro detalhe que merece ser mencionado aqui: os preços na parte Ocidental da cidade são muito mais elevados do que na parte Oriental. Porém, por também frequentar, mesmo que raramente, a parte Ocidental da cidade, seria hipócrita não incluir alguns dos lugares que gosto de visitar por lá nesse guia. Que cada um decida onde quer gastar o seu dinheiro e qual economia prefere apoiar. Comer é um ato político, mas comer em Jerusalém vai ainda mais além e ganha uma dimensão ativista.

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O lugar que mais gosto em Jerusalém é a cidade antiga. Apesar de ser a parte mais turística da cidade (a igreja do Santo Sepulcro-supostamente construída no lugar onde Jesus foi crucificado- a mesquita Al-Aqsa e o muro das lamentações estão todos dentro das muralhas da cidade antiga), ainda tem muitas pessoas morando naquelas casas antigas e você ainda vê mais palestino do que peregrinos pelas ruas estreitas. Saindo do circuito turístico, com as centenas de lojas de souvenir, você encontra cafés e restaurantes onde a população local vem degustar hummus, tomar o tradicional café Árabe, fumar narguilé e jogar dominó. Esses são alguns dos meus lugares preferidos.

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Não muito longe da Porta de Damasco, a entrada principal da cidade antiga, fica o ‘Jerusalem Hotel’. Esse charmoso hotel possui um restaurante muito agradável, com um teto de vidro e plantas por todos os lados. Embora o lugar não seja vegano (é um restaurante tradicional palestino), tem alguns pratos à base de vegetais (nada muito excitante), além de saladas criativas, hummus e muta’bal. O suco de limão com menta, a bebida nacional da Palestina, também é muito bom aqui. Idem pro narguilé. Comer aqui sai mais caro do que comer um sanduíche de falafel na rua, mas o ambiente vale a pena.

Jerusalem Hotel, Nablus Road (em frente à estação dos ônibus que vão pra Ramala).

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Dentro das muralhas da cidade antiga você vai encontrar um emaranhado de ruelas, muitas sem nome. Então ao invés de dar o endereço dos lugares, como faço normalmente, vou guiar vocês através de um percurso visual pelos meus lugares preferidos.

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Ao entrar na cidade antiga pela porta de Damasco você vai encontrar uma espécie de largo com vários restaurantes e lojas ao redor. Como muitos turistas passam por aqui, não aconselho esses lugares (o barulho é grande, os preços são mais salgados e a qualidade pode deixar a desejar). No final do largo tem uma lanchonete de falafel (pela quantidade de palestinos que vi comendo lá, parece que o negócio é bom) e uma rua que parte à esquerda e outra que parte à direita. Se você seguir pela rua da esquerda durante um minuto vai encontrar o ‘Jerusalem Star Restaurant’. Ele fica do lado direito, logo antes de uma passagem em forma de arco (veja a foto acima). Na verdade o lugar é um café bem antigo que serve sucos frescos (laranja ou romã, espremidas na hora) e café árabe. Adoro sentar aqui com um café e admirar os passantes do lado de fora. É um lugar calmo e charmoso onde você pode descascar entre duas visitas.

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Voltando pro largo que leva à porta de Damasco e seguindo pela rua da direita você vai descobrir muitas pérolas. Alguns metros mais longe tem uma ‘doceria’ com os tradicionais doces Árabes (baklava), feitos com nozes, amêndoas, pistache e muito (muito!) açúcar. O lugar é pequeno e só tem duas mesas, mas você pode comprar um prato de doces pra degustar mais tarde, em outro lugar. Além dos doces serem deliciosos e muito bem feitos (todas as vezes que estive por lá todos os doces eram veganos), o vendedor é extremamente gentil. Os doces tradicionais palestinos são todos feitos com ingredientes vegetais, com exceção de um ou outro que tem queijo (‘qanafel’ e ‘mutabak’, por exemplo).

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E falando em mutabak… Continue caminhando nessa rua, que é coberta e tem lojas e restaurantes dos dois lados, e alguns minutos mais tarde você vai ver uma escadaria (à direita) que leva à Igreja Copta Ortodoxa. Do lado das escadas tem um lugar mágico: Zalatimo. Fundado 150 anos atrás, esse lugar faz o melhor mutabak da cidade (a receita passou de geração em geração). Eles só preparam essa iguaria e nada mais. Mutabak é uma massa do tipo filo, recheada com um queijo típico ou nozes moídas, pincelada com azeite e assada até ficar dourada e crocante. Depois de assada o mutabak recebe um banho de calda de açúcar e deve ser degustado quente, de preferência com um café forte e amargo (o lugar não vende café, mas ali do lado tem um vendedor que faz um café ótimo e serve em copinhos de papel).

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A versão com nozes é totalmente vegana e deliciosa. Como toda sobremesa tradicional árabe, mutabak é extremamente doce e não é algo que comeria regularmente (não aguento engolir mais do que um pedacinho), mas vale a pena degusta-lo pelo menos uma vez. A parte ‘mágica’ do lugar é ver a preparação do mutabak, que é sempre feito na hora. Descrever o processo exigiria muitas linhas, então coloco aqui um vídeo feito pelo chef Yotam Ottolenghi, natural de Jerusalém (já falei dele nesse post), quando ele esteve por lá. (No vídeo ele diz que o mutabak é pincelado com manteiga clarificada, o que achei muito estranho já que nunca vi nenhum palestino cozinhar com manteiga. Quando perguntei ao cozinheiro ele confirmou minha suspeita: ele usa exclusivamente azeite, nunca manteiga.)

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Seguindo em frente na mesma rua você vai cruzar a Via Dolorosa (supostamente o caminho que Jesus fez com a cruz nas costas). Nessa área você vai encontrar o que muitos consideram como o melhor hummus da cidade: Abu Shukri. É difícil explicar como chegar lá, mas todos os palestinos conhecem esse lugar, então basta perguntar na rua. O lugar é minúsculo e muito simples, mas a comida é divina. O hummus de Abu Shukri é feito da maneira tradicional, com grão de bico pilado em um grande pilão de pedra (não triturado no liquidificador) e tem uma textura única. Só provando pra entender a gostosura. Além do hummus experimente um prato chamado m’sabahe, uma espécie de hummus desconstruído: grão de bico inteiro com um molho de tahina e ervas, regado generosamente com azeite (veja foto acima). O falafel de Abu Shukri também é delicioso.

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Meu amigo Nader me contou que o hummus servido no restaurante Lina, na mesma rua, também é feito de maneira tradicional e é tão gostoso quanto o de Abu Shukri. Não experimentei, mas fica a dica.

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Voltando pra rua principal (a mesma da doceria e de Zalatimo) e continuando a caminhada por mais alguns minutos você vai cruzar com a rua David à sua direita. Essa rua é a mais turística de todas, mas esconde uma pérola: a loja de especiarias e chás do meu amigo Bassem (a primeira foto desse post foi feita na loja). Lá você vai encontrar dezenas de temperos, ervas e chás perfumados, além de frutas secas e oleaginosas. Procure as misturas pra arroz e saladas, uma combinação de ervas, legumes desidratados e sementes que vai deixar seus pratos muito mais interessantes. Também recomendo os chás de Bassem, que são de ótima qualidade. O meu preferido é o chá de pêssegos: chá verde (com folhas inteiras) com pedacinhos de pêssego desidratado. Bassem arranha várias línguas e se você disser que é brasileiro ou português ele vai trocar algumas frases na língua de Camões com você. Esse é um ótimo lugar pra comprar presentes comestíveis (os meus preferidos) pra família e amigos.

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Saindo da cidade antiga pela porta de Damasco e caminhando à direita durante alguns minutos você chega à rua Salahadim, uma das mais movimentadas de Jerusalém Oriental. Tem dois lugares nessa rua que adoro.  Na Educational Bookshop você vai encontrar todos os tipos de livro sobre a Palestina (culinária, política, ocupação, cultura, HD), em Inglês e outras línguas europeias. Mas a razão de ter incluído esse lugar em um guia vegano é a seguinte: a livraria tem um café onde você pode degustar um delicioso cappuccino com leite de soja e eles servem sempre uma sopa vegana (geralmente de lentilha), além de algumas saladas. Tem mesas dentro da livraria e na calçada (quando o tempo está bom).

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Do outro lado da rua, quase em frente à Educational Bookshop, tem uma padaria chamada French Loaf. Lá você encontra dois salgados veganos: um folhado recheado com batata e uns triângulos crocantes recheados com cogumelo e batata e polvilhado com sementes de papoula (uma delícia que você não pode deixar de provar). Alguns dos biscoitos também são veganos, basta pergunta ao vendedor que ele te mostrará. Eu gosto de comprar o salgado de cogumelo e batata e leva-lo pra Educational Bookshop, onde acompanho o meu lanche de um cappuccino (com leite de soja).

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Na parte Ocidental da cidade a área mais interessante (e a única que conheço bem) fica em torno da rua Jafa. Logo no início da rua tem duas lanchonetes de bagels. Já confessei o meu amor por bagels aqui no blog (e até dividi com vocês a minha receita), então quando passo por lá sempre compro um saco de bagels que congelo e vou comendo durante a semana. A minha lanchonete preferida se chama Holy Bagel e você monta o próprio sanduíche: escolha o tipo de bagel (integral, com sementes, com cebola…) e os recheios (dentre os veganos geralmente tem guacamole, legumes assados, legumes crus –cebola, tomate, folhas verdes-, alfafa e molho de tahina).

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Não longe de lá, na rua Shlotzion, tem uma lanchonete especializada em sabich, um sanduíche típico da comunidade judaica iraniana que foi morar em Israel. Sabich é composto de berinjela frita mais batata cozida, vários legumes crus e um delicioso condimento chamado ‘amba’, feito com manga, vinagre, cúrcuma, mostarda, feno-grego e pimenta (parece estranho, mas é muito, muito bom). Tradicionalmente sabich tem ovo cozido, mas basta pedir sem que o sanduíche fica vegano.

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Existe uma grande comunidade de judeus etíopes em Israel e não é raro ver restaurantes típicos pela cidade. A culinária etíope é extremamente veg-friendly e se você cansou da dupla hummus-falafel experimente um desses pratos exóticos. Continue caminhando na rua Jaffa e vire à esquerda logo depois da praça Zion. Nessa ruela tem um restaurante etíope chamado Queen of Ethiopia. Vários itens do menu são veganos (no menu- em Inglês-vai estar escrito ‘vegetarian’, mas na verdade é vegano) e o meu prato preferido é o que eles chamam de ‘mix vegetariano’, composto de injera (o pão-crepe fermentado que é a base das refeições na Etiópia) e várias preparações de lentilha e legumes.

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Esse guia foi o mais pessoal de todos, pois estou dividindo com vocês os meus lugares preferidos. Mas é bom lembrar que tem muitos outros lugares interessantes na cidade e que em geral, com todo esse hummus e falafel pelos cantos, é muito fácil ser vegano em Jerusalém. E se vocês passarem pela cidade um dia, talvez me surpreendam tomando café no Star Restaurant, comendo o maravilhoso hummus de Abu Shukri ou conversando com meu amigo Bassem, entre chás e especiarias. Se me virem, não deixem de dizer ‘oi’ e se eu estiver com tempo mostrarei pra você os outros lugares especiais que não entraram nesse guia.

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*Agradecimentos especiais pros queridos amigos palestinos que me ajudaram a fazer esse guia: Bassem (o das especiarias), que me explicou onde ficava Zalatimo, e Nader, que desenhou um mapa pra que pudesse encontrar Abu Shukri (ele também trabalha na cidade antiga e conhece todas as ruelas como a palma da mão).  E um obrigada mais que especial pra Sahar, minha amiga israelense (vegana!) que fez um tour vegano na parte Ocidental da cidade comigo, me fez descobrir o sabich e até segurou meu sanduíche pra que eu pudesse fotografa-lo.

Restaurante Magias da Terra

Promessa é dívida e aqui está o Guia Vegano de Natal. Fiquei muito feliz em ver que o número de vegetarianos/veganos está crescendo na cidade e que ficou bem mais fácil ser herbívoro naquelas terras. O futuro é verde!

O “Nativos” funciona em uma casa reformada e o ambiente é muito agradável. No cardápio: saladas orgânicas, várias opções de pratos quentes (veganos e vegetarianos), sobremesas (uma só vegana, mas deliciosa) e sucos naturais.  Foi o primeiro restaurante que visitei em Natal e a comida continua muito saborosa. Adoro o feijão preto de lá, que é quase uma feijoada, e os bolinhos de soja (até eu que não gosto de soja acho ótimo).

A deliciosa torta de banana com castanha e açucar mascavo (vegana).

Além disso, a proprietária é muito simpática e foi paciente com essa vegana aqui, explicando direitinho o que tinha em cada prato. Minha memória pra números é péssima, mas acho que o quilo da comida custa em torno de 29 reais (alguém me corrija se eu estiver errada).

Restaurante Nativos – aberto de domingo à sexta, das 11h às 14h30

Rua Barão do Curumataú, 2256 – Lagoa Nova (Por trás da CEASA)

 

No mercado de Petrópolis tem o “Viva Melhor”. O lugar é bem pequeno e a oferta de pratos é menor do que no Nativos, mas a simpatia do pessoal e o precinho camarada compensam. Além de saladas, pratos quentes vegetarianos e veganos (com gosto de comida caseira), sucos e sobremesas, é possível comprar alguns produtos feitos por eles. Provei, e aprovei, o pão integral, biscoitos de aveia e biscoitos salgados de linhaça (o produto que mais gostei). O quilo da comida custa 20,90 reais. Os biscoitos (salgado e doce) custam 3 reais o pacote, o pão integral custa 6. Eles também vendem sopas congeladas por encomenda (somente à noite, faça o pedido durante o almoço).

Restaurante Viva Melhor

Mercado de Petrópolis – Av. Hermes da Fonseca, 407

 

Mas o restaurante que conquistou meu coração foi o Magias da Terra, na Ecovila Pau-Brasil, em Pium. Visitei o lugar pela primeira vez quase três anos atrás e quando voltei lá pude constatar muitas mudanças (todas pra melhor). O lugar já era encantador, mas agora está ainda mais bonito e agradável. No site eles explicam: “A Ecovila é um projeto sustentável, situado em uma área de dois hectares. Utilizamos técnicas de permacultura, agroecologia e biodinâmica no manejo orgânico de nossa produção de frutíferas, hortaliças, condimentais, medicinais e ornamentais. No campo da Permacultura, manejamos uma agrofloresta sustentável, mantemos árvores nativas da Floresta Atlântica, reusamos nossas águas através dos filtros biológicos…” Eles também transformam o lixo orgânico produzido pelo restaurante em composto e têm até banheiro seco (o que causou uma crise de riso incontrolável na minha irmã, que nunca tinha visto banheiro seco, e em mim, diante da reação dela).

Um dos vários pratos que comi por lá.

 A comida está à altura da beleza do lugar: um número enorme de pratos frios e quentes, mais muitas pastinhas e diferentes tipos de pães. Todas as verduras são orgânicas e todos os pratos são deliciosos. Por 36 reais e uns quebradinhos, você come à vontade (buffet frio, quente e sobremesa, sucos à parte). Se quiser prolongar o prazer gastronômico, é possível levar os pães deles pra casa. O restaurante oferece algumas opções vegetarianas, mas no dia que fui lá o buffet inteiro era vegano. O que pedir mais? Quem quiser se manter informado da programação do local (cursos de permacultura, oficinas de culinária, luau com pizzas veganas), pode escrever pra lá pedindo pra entrar na lista de e-mails. E pra ver a formosura do lugar, e escutar Pedro e Larissa explicando o projeto, confiram esse vídeo.

Restaurante Magias da Terra, Ecovila Pau-Brasil – aberto nos fins de semana, das 12 às 15h.

Instruções pra chegar lá: entre na rua da feirinha de Pium (entre a feira e a igreja) e siga em frente até encontrar a entrada que leva à Lagoa Azul, à esquerda (antes tinha uma placa, agora você terá que perguntar ao pessoal local). Continue mais alguns metros nessa estrada de barro e você encontrará uma placa indicando o caminho da Ecovila, no lado esquerdo da estrada.

A foto não faz jus à deliciosidade da pizza (com beringela, abobrinha e pimentão grelhados).

A pizzaria “Tomatino” não é vegetariana, mas faz a melhor pizza que já comi em Natal e o pessoal é bastante veg-friendly, adaptando as receitas pra agradar herbívoros. A massa é fininha e crocante e os recheios são interessantes e feitos com ingredientes frescos. Meu maior problema em pizzarias não é, contrariamente ao que se possa imaginar, o queijo (basta pedir pra vir sem), mas sim a falta de criatividade nos recheios vegetais. Tirando milho verde, ervilha e azeitona, todos vindos de latas, o que detesto, não tem outras opções de recheio de origem vegetal. Palmito é bom, mas pizza só com molho de tomate e palmito é meio triste. Na minha última viagem à Itália provei pizzas veganas deliciosas (em pizzarias tradicionais), com legumes grelhados, alcachofras em conserva, cogumelos salteados, ervas frescas, rúcula… E lá ninguém te olha como se você tivesse duas cabeças quando você pede pizza sem queijo. Fiquei muito feliz em descobrir que na Tomatino eles fazem pizzas tão deliciosas quanto as que comi por lá. E pra ficar tudo odara, os preços são mais que justos.

Pizzaria Tomatino

Rua Praia de Muriú, 9218 – Ponta Negra

Nessa visita à Natal descobri uma loja de produtos que é uma maravilha pros veganos (ou não). Lá tem semente de chia, cereais especiais e oleaginosas, folhas de alga nori (pra fazer maki), condimentos difíceis de encontrar, especiarias e até sal rosa do Himalaia e sal defumado! Além de inúmeros ingredientes da culinária chinesa-japonesa, tem também vários produtos árabes, como zatar (condimento à base de tomilho e gergelim) e tahina. Tudo com preços muito melhores do que nos supermercados. Fiz verdadeiros achados: potes de tahina árabe (os mais baratos que já vi na cidade), tofu (8 reais o pacote com meio quilo) e cogumelos funghi e shitake desidratados. Pra quem gosta de preparar pratos exóticos, quer incluir ingredientes diferentes no cardápio ou simplesmente deseja comprar alguns ingredientes básicos por um preço mais barato, essa loja é uma pérola.

Loja Kouzina

Rua São João,1242 – Lagoa Seca (fica pertinho do Corpo de Bombeiros).

 

Não podia deixar de fora a minha loja preferida na cidade (já falei um pouco dela aqui). O Alecrim pra mim é cheio de tesouros e a “Casa do Milho Pipoca” é um deles. Júnior, o proprietário, explicou que a loja tem esse nome porque seu pai foi o primeiro comerciante em Natal a vender milho especial pra pipoca, 40 anos atrás. Ele ainda passa os dias na loja, mas é Júnior que faz quase todo o trabalho hoje. Não tem como competir com os preços de lá: castanha de caju, castanha do Pará, semente de linhaça, gergelim, arroz da terra, soja em grãos… tudo mais barato do que nos supermercados. E ainda tem vários tipos de feijão, granola, semente de chia, mel de engenho (melado)….

Casa do Milho Pipoca

Rua Presidente Quaresma, 546 – Alecrim (na rua da feira).

 

Há anos escuto falar da feirinha de orgânicos na UFRN, mas só nessas férias consegui visita-la. Você precisa acordar bem cedo (com as galinhas, na verdade) pra ir lá, mas vale muito à pena. São poucas barraquinhas, mas que oferecem uma variedade boa de frutas e verduras. E, pasmem, por um preço igual ou até melhor do que nos supermercados! Pra completar a maravilha, Pedro, do restaurante Magias da Terra, e Curo, um veterano da culinária vegetariana em Natal, vendem vários dos seus quitutes por lá: pães, bolos, biscoitos, pastéis de forno, tofu… Tudo na barraquinha de Pedro era vegano, mas Curo vende comida vegana e vegetariana (infelizmente no dia que fui lá não tinha opções veganas, mas ele aceita encomendas).

A ruma de legumes que eu e minha irmã compramos: couve-flor, couve manteiga, cenoura, feijão verde, tomate cereja, maracujá, pepino, alface americana, alface roxa, rúcula e coentro.

Os quitutes do Magias da Terra

Não me arrependi nem um pouco de ter madrugado: voltei pra casa com essa ruma de verdura orgânica pela bagatela de 28 reais! Mais as delícias do Magias da Terra: pão com urucum (minha irmã ficou louca por esse pão), pastel de forno integral recheado com berinjela e o ultra delicioso bolinho de cacau integral (com especiarias e cobertura de chocolate).

Feira de produtos orgânicos da UFRN

Fica perto da praça cívica, ao lado do estacionamento. Funciona somente nos sábados, das 5 às 9 da manhã (o ideal é chegar lá antes das seis pra ter mais opções).

E pra ninguém mais caluniar o veganismo dizendo que é mais caro do que alimentação onívora, aqui vão mais dicas de lugares onde compro verduras, frutas, leguminosas e cereais baratos quando estou em Natal.

Feira do Alecrim, todos os sábados de manhã na Av. 1 (Presidente Quaresma). Os preços são bons e a atmosfera é coloridíssima. Vale visitar pelo menos uma vez.

A CEASA de Natal tem frutas e verduras por preços menores do que nos supermercados. Não são orgânicas, mas ainda assim acho que é uma opção pra quem quer comer mais verduras/frutas sem gastar mais. Claro que melhor ainda, e mais barato, é ir na feirinha de orgânicos, mas se você não acordou a tempo, esse lugar pode quebrar o seu galho. Dentro da CEASA tem uma loja chamada “Ervas e Temperos”, onde você encontra, além de todos os tipos de temperos, grão de bico, lentilha, soja em grãos, PTS, cogumelos secos, semente de girassol… Mais uma vez, os preços aqui são melhores do que nos supermercados.

E pra quem gosta dos produtos do Nordeste, o melhor lugar pra comprar mel de engenho (melado) é na Casa da Rapadura, pertinho da Casa do Milho Pipoca. Seu Galileu tem um canavial e um engenho em Japecanga (interior do RN) e vende os produtos que ele mesmo produz. O mel de engenho é o melhor que já provei (quando passei por lá custava 5 reais o litro, mas o preço pode variar de acordo com a época do ano), mas ele também vende, claro, vários tipos de rapadura.

Ficou faltando visitar um restaurante vegetariano na minha lista: o Cantinho Vegetariano, na vila de Ponta Negra. Vai ficar pra próxima, mas se algum leitor de natal já comeu lá, adoraria ler suas impressões.

Os leitores que acompanham o blog sabem que estive ausente nas últimas semanas porque estava de férias no Brasil. Senti falta de vocês. Quem diria que eu ia acabar tomando gosto por esse exercício meio esquizofrênico de ficar monologando diante da tela do computador. Felizmente a interação que acontece nos comentários, e que transforma o monólogo em diálogo, me faz sentir menos esquizofrênica. Amigos, estou muito feliz em estar de volta aqui e gostaria de contar o que andei fazendo enquanto o blog dormia.

Depois da visita ao Rio (mais sobre essa parte da viagem aqui e aqui), a viagem continuou em Natal, a minha cidade natal. De lá fui à minha praia preferida, tomei muita água de coco, comi macaxeira frita com os pés na areia, observei surfistas (uma verdadeira meditação pra mim), vi famílias inteiras de micos e passei fome. Porque além da água de coco e da macaxeira frita não tinha nada vegano por lá. Aldeias de pescadores devem ser o lugar mais difícil de ser vegano no mundo.

Conheci o mais novo membro da família: Nina. Ela é fofíssima, mas parece que tem distúrbios (uns dizem que é típico da raça, mas há controvérsia). Morder pernas, pular sobre pessoas e esconder sapatos são alguns dos seus passatempos preferidos. No último e-mail que recebi lá de casa minha irmã mais velha dizia: “Nina tá em surto. Não conseguimos formar um par de sapatos nunca. O jeito vai ser usar apenas um esquerdo com um direito, sem nos preocuparmos com o modelo.”

O outro representante da ala canina da família anda sofrendo bastante por causa dela. Esse é Lilo, que estava doentinho no dia que fiz essa foto, mas já está melhor agora.

Colhi muitas frutas no sítio dos meus pais…

…e cozinhei bastante com a minha mama. Ela não gosta de cozinhar, mas é uma ótima assistente. Além de pilar alho e picar cebola e coentro, minha mãe dançava comigo enquanto as panelas cozinhavam. Anne fez até um vídeo da gente onde dançamos um pouquinho e mexemos as panelas, uma dançadinha e uma mexidinha, uma dançadinha e uma mexidinha…

Fui ao meu primeiro São João em dez anos. Minha cunhada organizou um São João atrasado (São Julhão) no sítio e foi arretado! Com direito à quadrilha improvisada, cadeia, cabaré, moça prenha e moço casando à força e meus pais vestidos de Lampião e Maria Bonita.

Admirei as habilidades de quem nasceu na roça. Bacana é abrir coco seco na quina da enxada!

Li poesias pras velhinhas do abrigo de idosos Lar da Vovozinha, no dia da avó. Minha irmã mais velha trabalha lá e me convidou pra contar os causos de Chico Pedrosa (um talentosíssimo poeta do sertão) que sei decorados.

Ela também organizou uma mini oficina de culinária pra nutricionista e pras cozinheiras do Lar. Dei dicas de nutrição adaptadas à terceira idade, mas é muito difícil mudar os hábitos alimentares de pessoas idosas. Na minha opinião as vovós precisam de mais alimentos integrais, mais frutas, semente de linhaça todos os dias, suplementos de B12 (alguns médicos recomendam que essa vitamina seja suplementada a partir dos 50 anos) e menos laticínios (principalmente depois de refeições ricas em ferro). E que essa porqueira de aspartame seja banida pra todo o sempre, amém. Embora seja difícil mudar o cardápio delas (elas rejeitam tudo que é diferente do que estão acostumadas a comer), depois da minha visita as frutas entraram definitivamente no cardápio diário das vovós, o que pra mim já foi uma vitória.

E se você quiser usar um pouco do seu tempo livre pra visitar as vovós (algumas não têm mais família), contar e ouvir histórias, doar um pouco de atenção e carinho (ou outra coisa), vai lá!

Lar Espírita da Vovozinha
Av. Antônio Basílio, nº 1254 – Dix-sept Rosado, Natal/RN. Telefone: (84) 3223-1907

A convite do grupo VEDDAS-Natal, dei uma palestra sobre alimentação vegetal. Inspirada na seção “Dicas pra se tornar vegano”, provavelmente a mais popular aqui no blog, dei doze dicas práticas pra quem quer ter uma alimentação mais (ou toda) vegetal, sem descuidar da saúde. Pensei em falar mais sobre o conteúdo da palestra, pois foi muito interessante (principalmente a discussão que teve depois). Farei o possível pra escrever o post daqui pra semana que vem. E falando no grupo VEDDAS-Natal, dia 27/08 eles estão organizando uma palestra com o nutricionista e ativista George Guimarães, no auditório B do CCHLA, na UFRN, às 19h. Imperdível! Mais detalhes aqui.

Também ensinei minha sobrinha a fazer móveis de papelão (algo que aprendi anos atrás, em Paris), dei uma palestra sobre a Palestina na UnP (Universidade Potiguar), em Natal,  e outra na Faculdade Damas, em Recife, finalmente li um livro que há tempos queria ler (na minha vida haverá um antes e um depois de “As veias abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano), ajudei Anne a fazer uma reportagem sobre os atingidos pela Copa em Natal (saiba mais sobre esse assunto de extrema importância aqui e aqui)…

Agora que estou de volta ao sossego do meu lar (sossego na Palestina!!!!) vou poder… descansar das férias. E sonhar com as férias do ano que vem. Daqui pra lá farei um curso pra aprender a entrar de férias de verdade e passarei mais tempo dentro dessa rede. Com Zeus dormindo embaixo.

*As fotos 3, 4, 8, 9, 10 e 11 foram feitas por Anne. Todas as outras foram feitas por mim.

Genebra

…e um pedaço a pé. Foi isso que tive de enfrentar na viagem de volta, que durou dois dias. Vou precisar de mais alguns dias pra me recompor da aventura, mas prometo voltar ao ritmo normal de posts aqui no blog em breve. Enquanto isso queria dar uma palavrinha sobre… comida da Etiópia e Eritreia. Explico.

Durante a (longa) viagem de volta tive que passar uma noite em Genebra, na Suíça (na ida também). A cidade abriga imigrantes do mundo inteiro e tem ótimos restaurantes etíopes e eritreus. Esses dois países vizinhos têm muitos pratos típicos em comum, como injera (o “pão” tradicional feito com farinha de teff e longamente fermentado, que parece uma panqueca fina e ligeiramente esponjosa) e diferentes tipos de shiro (purê de leguminosas). Eu já tinha provado comida da Etiópia em um restaurante em Jerusalém, mas Anne não conhecia a culinária desse lugar. Fiquei muito feliz ao descobrir um restaurante da Eritreia, que, como expliquei, tem alguns pratos idênticos aos da Etiópia, perto do albergue onde ficamos hospedadas em Genebra. Comi lá com ela dois meses atrás, quando estávamos a caminho do Brasil, e antes de ontem voltei lá sozinha.

Pelo que vi nas duas vezes que visitei o lugar, o restaurante é frequentado quase que exclusivamente por etíopes e eritreus. Isso é um ótimo sinal quando se trata de restaurantes étnicos. A comida é excelente e barata, comparada com os preços dos restaurantes locais (se você ainda não sabe, tudo em Genebra custa os olhos da cara!). Me empolguei tanto com a comida desses países que pretendo fazer mais pesquisas sobre o assunto e me aventurar na cozinha com algumas receitas tradicionais. Além de deliciosa e nutritiva, a culinária etíope e eritreia é cheia de pratos veganos!

Por enquanto fica a foto do meu jantar de antes de ontem: shiro de ervilha amarela, servido sobre injeras, mais legumes cozidos e uma mini salada verde. Uma combinação perfeita de texturas e sabores, tudo apimentado na medida, exatamente como gosto.

Vou terminar de chegar, pois mesmo se meu corpo está em casa há vinte e quatro horas, tenho a impressão de estar chegando aos pouquinhos (deixei algumas vértebras e os ombros pelo caminho), e volto em breve com o guia vegano de Natal e mais receitas.

E pra quem estiver de passagem por Genebra e quiser visitar o restaurante, ele fica na rua da estação de trem (Gare Cornavin). Na saída da estação (de costas pra ela) vire à esquerda e caminhe alguns metros nessa direção. O restaurante, cujo nome esqueci, fica no mesmo lado da rua que a estação, ao lado de um restaurante vietnamita.

A primeira cidade brasileira a entrar na série “Guia Vegano” não podia ser mais encantadora. Minha primeira visita ao Rio foi mais curta do que eu gostaria e me deixou com vontade de voltar correndo pra lá na primeira oportunidade. Menos de duas semanas nessa cidade e eu, que sempre achei que a fama de maravilhosa era exagero, fui obrigada a incluir o Rio na minha lista de lugares onde adoraria morar. Mas enquanto espero pisar novamente no solo carioca, vou compartilhar alguns lugares interessantes que pude visitar por lá.

Quando pedi aos meus leitores dicas de restaurantes veganos no Rio fiquei impressionada com o número de lugares vegs citados. A cidade ainda não é uma veganland como Londres ou Berlim, mas comparada à Natal os cariocas vegs têm muita sorte.

O primeiro restaurante vegano que visitei foi o Vegan Vegan. As opções de pratos são limitadas, mas no dia que estive lá a comida estava deliciosa. Era um sábado e pra minha grande felicidade eles estavam servindo feijoada. O outro prato do dia era um bobó de cogumelo (acho que do tipo shimeji). Provei dos dois pratos e achei ambos maravilhosos. Já as sobremesas fizeram bem menos sucesso na nossa mesa… O preço do prato pequeno, com salada e acompanhamento, era R$17,50 e o grande, R$ 23.

Vegan Vegan  

Rua Voluntários da Pátria, 402 – Botafogo

O restaurante Vegana Chácara também estava na minha lista, por isso marquei o encontro com os leitores cariocas lá. O ambiente é extremamente agradável e o pessoal é muito simpático. O esquema é o mesmo do Vegan Vegan: dois pratos por dia, com salada ou sopa e acompanhamento, e pelos mesmos preços. A comida me impressionou menos do que no Vegan Vegan, mas talvez eu tenha ido em um dia que as opções estavam fracas.

Vegana Chácara

O detalhe mais bacana desse restaurante, depois do ambiente, é a maneira como pagamos as refeições: cada cliente coloca o que deve em uma caixa e retira o troco que precisar. Sem supervisão nenhuma dos funcionários. Perguntei se no final do dia as contas fechavam direitinho e me explicaram que nas únicas vezes que o saldo não bate é porque tem mais dinheiro do que deveria na caixinha. Na sua primeira visita lá você ganha uma sobremesa.

Vegana Chácara

Rua Hans Staden, 30 – Botafogo

Tempeh

Fechei meu mini tour dos restaurantes vegs do Rio com chave de ouro: o almoço no Tempeh foi memorável! Esse restaurante self-service tem várias opções de pratos veganos e por R$25 você come o quanto quiser. Fiquei tão empolgada que coloquei uma cacofonia gastronômica no prato (feijoada com maki e empadinha no mesmo prato!), mas tudo estava tão delicioso que nem liguei pra falta de harmonia da minha refeição. O Tempeh foi meu restaurante carioca preferido.

 

Tempeh

Rua Primeiro de Março, 24 – sobreloja – Centro (Fica a dois passos do Centro Cultural Banco do Brasil.)

Comi um Burger delicioso no Hare Burger e como a funcionária que me atendeu garantiu que não tinha nenhum produto de origem animal no meu sanduba (pedi o shiiiva shiitake, com mostarda de ervas no lugar da mostarda com mel) essa lanchonete ia entrar no meu guia. Mas depois de pesquisar na net vi alguém afirmar que o pão deles tem ovo, então não tenho mais certeza se o Burger é 100% vegetal ou não. Se alguém souber, me avise e coloco o endereço da lanchonete aqui.

Restaurantes no Rio, veganos ou não, me pareceram excessivamente caros. Como eu tive acesso à uma cozinha durante minha estada, fiz algumas refeições em casa, além de preparar alguns lanchinhos pra comer durante os passeios. Fiquei em Copacabana e tive a sorte de estar hospedada a poucos minutos de um Mundo Verde. Nessa loja de produtos naturais você encontra tofu, patê de soja, missô e outros quitutes veganos. Os preços não são muito camaradas, mas ainda assim sai mais barato comprar ingredientes lá e preparar seus sanduíches do que comer fora. Mas o verdadeiro tesouro pra mim foi ter descoberto as Casas Pedro. Seguindo a dica de um leitor (mais uma vez obrigada, Carlos) fui conferir os produtos dessa loja e encontrei pastas de soja, hummus e babaganush (o irmão quase gêmeo do muta’bal) e tudo por um preço mais interessante do que no Mundo Verde. Lá você também encontra grãos, castanhas e leguminosas no quilo, tudo mais barato do que no Mundo Verde.

Outra descoberta deliciosa foi a padaria Guerin que vende pão do jeitinho que gosto. Vivo repetindo o quanto detesto o pão branco vendido no Brasil e fiquei muito feliz em poder comer pão com levain no meu café da manhã quase todos os dias. Provei o pain au levain, o pão com nozes e passas e o pão com azeitonas, todos maravilhosos. Infelizmente nós, veganos, temos que ignorar as lindas tortas, macarons e croissants, pois, com exceção dos pães, nada é vegano.A diferença de sabor reflete no preço, mas acho que vale muito a pena. Enquanto faz fila pra comprar o seu pãozinho você vê os padeiros preparando os quitutes que são vendidos lá. Pra quem gosta de fazer pão, como eu, essa é uma atração e tanto!

 Padaria Guerin

Av. Nossa Senhora de Copacabana, 920 – Loja A – Copacabana

Uma das maiores dificuldades da minha jornada vegana é encontrar cosméticos que respeitem meu modo de vida. Quando escrevi o post sobre cosméticos veganos expliquei o quanto gosto dos sabonetes de glicerina Granado e descobri, graças aos comentários de algumas leitoras, que a linha de produtos veganos da Granado era muito maior do que imaginava. Por isso não podia deixar de visitar a loja da Granado no Centro do Rio. Me encantei com os produtos e o preço, modesto, me deixou ainda mais feliz. Se passar pela cidade maravilhosa, não deixe de visitar esse lugar.

Granado Pharmácias

Rua Primeiro de Março, 16 – Centro

A viagem ao Rio não teria sido a mesma sem Cibele, nossa super anfitriã, que nos mostrou os lugares mais bacanas da cidade maravilhosa e curtiu um sambinha com a gente na Lapa, em Copacabana, na Pedra do Sal e na laje do Michael Jackson.  A presença de Lu, minha irmã, e de Ravi, o filho de Cibele, também acrescentaram alegria, fofura e muitas risadas na nossa viagem, fazendo dessas férias cariocas um sucesso total. Vocês são companheiros de viagem incríveis.

Você encontra mais endereços de restaurantes veganos/vegetarianos no Rio aqui:

Happy Cow – Rio de Janeiro (em Inglês)

E dicas do que fazer/visitar na cidade no Time Out Rio (em Português).